domingo, 10 de janeiro de 2010

Capítulo 3 - Minha vida sem Andy

Meu sábado e domingo foram horríveis. Passei o dia deitada, sem comer, sem tomar banho, sem fazer nada! Eca, meu cabelo estava encaracolado até!
Segunda feira acordei sem ânimo nenhum para ir a escola. Tomei um banho super demorado, fiz escova na minha franja, passei uma maquiagem leve pra tampar aquelas olheiras de quem não dorme faz 10 noites. Exagerada? Eu? Só um pouco. Mas eu passei quase a noite toda pensando, isso é verdade. Tente me entender, tenho 12 anos, perdi meu melhor amigo, que está junto comigo faz oito anos. Perdi também o amor da minha vida, que por sinal é esse meu melhor amigo. Estava um caco. Sentia-me culpada de sei lá, ter deixado ele me beijar, de nunca ter percebido as intenções dele antes. Mas fazer o que? Não podia fazer mais nada. Ele não tinha me passado nem o número do novo celular dele. Percebi que teria que tocar minha vida, com ou sem o Andy, e neste caso, Sem o Andy.
Comi um pote de cereal, forçada pela minha mãe, que sempre me fala que eu estava muito magra. Olhei para o relógio e estava em cima da hora. Mamãe me levou no carro novo dela, que era muito lindo. Papai o deu para ela no dia das mães, porque eu estava dura!
Chegando na escola, nem liguei muito para as pessoas que me cumprimentavam. Estava super anti-social e de saco cheio de todo mundo. Fui para meu armário pegar meus livros.
Estava olhando para o chão, sem nem prestar muita atenção no corredor cheio de pessoas que falavam muito alto.
Por ironia do destino, trombei com a Kate. Ela me olhou e disse ríspida:
- Olha por onde anda, sua besta.
Segurei-me para não gritar, mas já estava gritando:
- Besta é a mulher que te coloco no mundo, sua vadia.
Kate deu um passo para trás, pois até ela já tinha percebido que a qualquer momento eu iria voar no pescoço dela.
- Nossa, está toda nervosinha porque seu namoradinho foi embora sem te dar tchau ou porque eu estou ficando com o Tommy?- respondeu Kate com uma cara de nojo.
Não sei da onde surgiu toda essa raiva, de certo era a raiva que eu estava acumulando faz tempo, misturado com a ausência do Andy e mais aquela maquiagem barata da Kate. Só sei que eu me joguei pra cima dela, com minhas unhas vermelhas posicionadas como se fossem garras. Sabia que todo mundo estava olhando, mas ninguém iria ser louco o suficiente para me parar, quer dizer, eu imaginei isso, porque quando eu estava quase chegando no rosto daquela piranha, alguém segurou minha cintura, me colocou no chão e me segurou com força. Era o irmão do meio do Andy. Eu nunca falei com ele, até porque ele ta no segundo ano do ensino médio. Mas ele era alto, forte e popular.
Sentia raiva dele também, mas a raiva passou quando ele me disse bem alto, para todo mundo ouvir, assim:
- Vamos embora! Você deve ter demorado tanto para fazer essas suas unhas e você não vai querer quebrá-las na cara de uma cadela qualquer, vai?
Eu ri escandalosamente alto. Vi Tommy vindo em nossa direção, mas alguém o segurou. Lógico! Ele não seria louco de encostar a mão em nenhum menino do ensino médio, ainda mais se esse menino fosse o Rick.
Percebi que meu gatinho de prata estava tão quente quanto brasas, e tratei de tirá-lo do meu pescoço, o mais rápido possível, antes que queimasse meu uniforme.
Acompanhei o irmão de Andy até o final do corredor. Quando não tinha mais ninguém por perto, ele parou, olhou para mim e falou:
- O que está acontecendo Anne?
Eu queria chorar, mas iria borrar minha base para olheiras, então abaixei a cabeça, e fiquei ali, olhando para o tênis maneiro do Rick.
Acalmei-me, não muito, mas o suficiente para dizer:
- Estou bem Ok?
Saí andando sem rumo e não quis olhar para trás.
- Anne!- Rick gritou, mas fingi não ouvir e continuei andando.
De repente, senti uma mão me segurando. Levei um susto, mas por um momento fiquei pensando em como poderia Rick ser tão gostoso, forte e machão enquanto o Di era magrelinho e meio sem sal? Olhei para trás, jogando meu cabelo liso para fazer um charminho e olhei fixamente para os olhos verdes escuros de Rick.
- O que foi Rick?- falei
- Promete que você vai me procurar depois?
- Posso pensar no seu caso!
- A, qual é?- Ele estava com uma carinha de safado com dor de dente, que eu não resisti. Dei um beijo em seu rosto e disse:
- Me procura você!
E sai, mas dessa vez sozinha e rebolando.
Não me sentia mal, me sentia toda boa. Tá, eu não tinha mais amigos de verdade, mas quem se importa? Um gostosão do 2º ano estava me procurando, sabe-lá-eu o porque, mas tava!
O sinal bateu e fui para sala. Kate estava na porta da sala, junto com aquelas barangas que havia levado na minha festa. TODOS me olhavam. Me senti mais toda boa e sem amigos ainda. Era feliz e triste ao mesmo tempo.
Passei por elas, rezando para bater um vento para meu cabelo voar e para elas sentirem meu perfume da Carolina Herrera. Não ventou mas fingi que ventava e entrei de nariz em pé. Os nerds da sala estavam jogando forca, mas eles não me olharam feio, apenas não me olharam!
Sentei-me na primeira cadeira e me larguei lá. O professor de história chegou e ficou lá, falando da guerra fria. O coisa chata! Sorte que eu nem prestei atenção em nada. Estava triste e confusa. Todas minhas amizades eram falsas. As pessoas só queriam estar comigo porque eu sou inteligente e popular. Parecia que minha vida inteira foi como um castelo de areia e que veio uma Tsuname e destruiu tudo e para piorar ainda me trouxe um peixinho bem lindo.
Porque eu fiquei tão mexida com ele? Ta, o Rick é um gato, mas eu amo o irmão dele, não ele. Ouvi uma voz em minha cabeça, e ela dizia:
- Deixa de ser idiota, você só acha o cara bonito.
Quis acreditar naquela voz e esquecer de tudo. Jesus, como eu sou imatura, ele é só um rostinho bonito e tem tudo para ser meu amigo.
O sinal bateu e eu precisava ir ao banheiro. Saí da sala junto com uns estranhos que tem medo de mim. Estava me sentindo bem melhor! Nada que um bom barraco para acalmar os nervos, pensei.
O banheiro estava vazio. Fiz meu xixi, passei meu gloss da Victoria Secret e arrumei meu cabelo. Eu estava linda, mesmo com aquelas olheiras enormes, levemente disfarçadas com a base. Percebi que eu estava com fome, mas só poderia comer uma maça, pois estava de dieta. Chocolate, pensei, era disso que eu precisava. Se dane o regime, eu vou comer chocolate!
Saí do banheiro com os olhos brilhantes, pensando no meu futuro chocolate e quase morri de susto quando, ao sair do banheiro, ouvi uma voz quase que na minha orelha:
- Pensei que você tinha se afogado.
Adivinha quem era? O Rick, em carne e músculos!

-Não sabia que tinha tempo certo para ficar no banheiro. – respondi bem irônica
- E não tem mesmo - respondeu ele incrédulo. Percebi que ele comia uma trufa de brigadeiro, e ele também percebeu que eu a comia com os olhos. Então ele disse num tom de deboche:
- Servida gata?
- Perdi a vontade - e tinha perdido mesmo.
- PARA com isso! Ta que você tem 12 anos, mas parecia ser bem mais madura!
- Tire satisfações com seu irmão, ele que me deixou assim – falei indignada.
- Meu irmão é um idiota – disse ele séria.
- Não fale assim dele!- Eu estava ficando muito nervosa.
- Mas ele é mesmo! Falando nisto, foi ele quem te deu isso? – ele tirou do bolso um colar. Mas como pode? Como ele pegou meu colar?
- Devolva isso. – peguei de sua mão e percebi que o gatinho não brilhava mais, estava opaco. Acho que precisava ser limpo. Percebi que era hora deu sair dali.
- Tchau Rick, to indo.
- Calma, tenho que te falar uma coisa.
- Pois não?
- Eu sei que meu irmão foi um canalha em deixar uma menina linda aqui, chorando por ele, mas eu sei que posso te ajudar a esquecer ele. Para começar eu posso te contar o porque ele foi embora...
Eu tremi. Sentia que sabia menos do que merecia saber.
-Duas coisas: Primeiro, não to afim de você! Segundo, você vai me contar tudo!
Ele começou a ir de uma maneira tão sexy e filhadap***.
-Conversamos depois da aula?
- Sem dúvidas!- respondi meio sem entender nada!

As 3 ultimas aulas passaram incrivelmente rápidas, levando em conta que eram de matemática. Eu estava ansiosa, porque não sabia o que me aguardava. Também aconteceu uma coisa bem estranha. Meu colar parecia escurecer cada vez mais e quando eu o coloquei em meu pescoço não senti mais aquela calmaria na minha alma, como antes. Pensamentos ruins tomaram minha mente. Sabia que aquele gato era bem estranho, mas pensei ser coisa da minha cabeça o fato do gato trazer tais sentimentos. Entre o sim e o não, tirei o colar e me senti melhor e com mais raiva do Andy!
O professor finalizou a aula e deixou que nós saíssemos antes do sinal bater. Meu coração parecia que sairia pela boca a qualquer momento. Sabia que Rick já estaria me esperando em seu carro. Juro que não sei como, mas ele parece saber cada passo que eu dou!
Dito e feito, ele já me aguardava em seu Honda preto, maravilhoso, no portão da escola!
Ele estava sorrindo com uma RayBain no rosto.
- Vamos?- ele disse
- Para onde?- hesitei
- Você verá - disse ele ligando o carro.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Bitch Day


Your masochist's love made me tired,
Your weak sex made me crazier.
When you came, with your bad breath
I said “ It’s enough “

Now, I’m dancing “like a virgin”
Yes, I’m being a bitch.
Britney called me, and invited me to her party
I’ll shake my ass, because I don’t want to remember your face.

I’ll give all my love for another guys,
And I’ll have crazy nights of sex
Because, I’m free.

When my cellphone plays “Single Ladies”
I’ll be sure, now I’m a “DIVA”
I’ll shake my ass on Britney’s party
I won’t care. I need all those bodies
To indulge me.

So, when I found other guy,
And he ask “Marry me? “
I ‘ll say : “ I want to shake my ass one more time “

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Capítulo 2- Conseqüências

Resolvi continuar postando o livro

Capítulo 2- Conseqüências


Depois que a gente saiu do closet, tudo mudou. Logo após a vaca da Kate bater na porta, eu e Di saímos normalmente, mas ele não sentou perto de mim. Ele parecia nervoso. Alguma coisa o incomodava. Passados uns 15 minutos, ele anunciou que precisava ir embora. Poxa, ir embora antes do parabéns? Falei para ele nervosa pra ele. Mas ele apenas falou que ele precisava ir, e foi. No dia seguinte, nem nos falamos direito, porque era domingo, e segunda eu tinha prova de matemática. Mas aí, segunda feira nada dele na rua. Nem terça, nem quarta nem quinta. Resolvi ir a casa dele. Tio Ron estava no portão vendo o movimento das árvores, que por incrível que pareça eram em mais quantidade do que os carros e bicicletas.
- Olá tio, o Di ta aí?- falei meio apreensiva
- Você não está sabendo?- responde ele espantado – Di foi para Ohio!
- COMO ASSIM?- explodi
- Calma minha filha, espere aqui, tenho algo para te entregar.
Ronny se virou e entrou em sua casa, que por sinal era meio estranha, com todas aquelas árvores sem folha e gatos. Eu não sabia se ria, se chorava ou se sentava na calçada. Esperava que do nada, Di pulasse atrás de mim e falasse:
- Enganei a boba!
Mas não, ele não saiu de lugar algum.
Tio Ron apareceu na porta de sua casa e me chamou. Aproximei-me meio abalada e ele falou:
- Olha, eu sinto muito. Eu sei o quanto você e meu filho são amigos, mas espero que entenda. Ele deve ter tido bons motivos para não te falar isso ao vivo.
Ron estendeu suas mãos e me deu um envelope e uma caixinha preta. Peguei aquilo pasma, e já ia começar a ler, mas Tio Ron me pediu para ler só quando chegasse em casa. Foi um conselho muito sábio, pois ele sabia que eu iria desabar em choro.
Fui correndo para minha casa. Entrei sem nem falar oi para mamãe que estava na cozinha. Corri para meu quarto, me tranquei lá, deitei em minha cama para ler aquela carta.
Reconheci que era do Andy mesmo, pois era sua caligrafia aquela. Não acreditei no que meus olhos estavam lendo.

Querida Anne,
Primeiramente quero me desculpar pela falta de hombridade minha em não te falar tudo isso ao vivo, mas espero que você me entenda. Estou me mudando para Ohio hoje. Vou estudar em uma escola de padrão britânico, o que via me ajudar muito no aprendizado. Parece que papai não era tão bom professor assim. HaHaHa
Não tente me entender, muito menos se achar culpada pelo que aconteceu no closet. Estou indo embora, mas vou voltar. Estou fazendo isso pela gente meu anjo, pela nossa amizade.

Eu te amo muito, mas do que você possa imaginar.
Do seu Di.

P.s: Estou mandando também um colar. Quero que você nunca o tire! Ele vai te proteger sempre que você precisar. Ele guarda um segredo, mas você só vai descobrir quando você realmente precisar de mim.

Reli a carta umas três vezes. Meus olhos não queriam acreditar no que eu estava lendo. Deitei-me na cama e chorei! Era um choro angustiante. Não sabia o que fazer. Era a primeira vez que eu estava sem o Andy do meu lado. Sentia-me sem chão algum. Peguei meu celular e tentei ligar para ele, mas só caia naquela merda de caixa postal. É, ele não estava mesmo aqui na cidade.
Já tinha passado uns 30 minutos e eu não conseguia conter meu choro. Foi aí que me lembrei do colar que ele havia me mandado. Abri a caixinha preta de veludo, sentindo minha veia do pescoço saltar. Dentro dela havia um pingente grande de prata ou ouro branco. Era pesado e tinha um formato de gato. Lógico, gatos! Eles sempre me faziam lembrar do Andy, pois ele tinha uns 20 em sua casa. O pingente pesava uns 200 gramas. Parecia que dentro dele tinha uma pedra até. Quer dizer, pedra não tinha, porque ele era todo maciço. Junto ao colocar, tinha uma corrente também prateada, que serviu certinho no meu pescoço. É, eu sei, era meio brega aquele gatinho. Mas parece que quando o coloquei em meu pescoço, minha alma pareceu mais serena do que nunca. Percebi que atrás do gato tinha uma escrita, com a caligrafia do Di, mas não entendi o que significava. Estas três letras, J.P.S.! Fiquei pensando o que poderia significar, mas nada veio na minha cabeça.
Fiquei olhando para o teto, tentando não pensar em nada. Minha cabeça estava sem pensamentos. Mas aí cai na real explodi de raiva. COMO ASSIM? Ele me beija num dia, e depois some no outro, meu melhor amigo, e também meu primeiro amor. Quer dizer, tinha o Tommy, mas eu só queria ficar com ele, e ele tava com a Kate agora. Foi aí que percebi que não chorava só por ele ter ido. Chorava também porque ele partiu meu coração. Ele me beijou e nem me falou se foi bom. Estava sozinha pela primeira vez na vida e me sentia realmente mal.
Adormeci com o gosto salgado das lágrimas em meu rosto. Acordei no meio da noite, com muita dor de cabeça, e com um estranho frio. Era verão e lá na cidade o frio passa longe! Era aquele pingente idiota que estava gelado como gelo. Não o tirei, mas tratei de colocar um agasalho para ficar mais quentinha e tentei dormir de novo. Na verdade, essa noite eu não dormi direito. Toda hora eu acordava e ficava ali, pensando. Me sentia uma louca, uma ridícula e uma mal amada.